segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Passatempo poético: Oferta de versão digital de Coletânea de Devaneios aos vencedores!

Começo por desejar a todos vós uma bela semana, e que todos estejam num sítio menos chuvoso que o Porto. :)

Em virtude do meu livro de poesia, Coletânea de Devaneios, ter sido lançado à pouco tempo, decidi fazer um passatempo de lançamento.



Então, isto funciona assim: em baixo podem ler o poema "Autopsicografia" de Fernando Pessoa. As cinco primeiras pessoas a escreverem correctamente, nos comentários desta mensagem, o número de dores a que Pessoa se refere nesse poema recebem uma versão digital da Coletânea (será enviada uma versão em pdf aos vencedores, a não ser que prefiram outro formato como mobi ou epub).

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm. 

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda 
Que se chama coração.


Sempre vosso,
Luís.

12 comentários:

  1. Creio eu que ele se refere a dor física , emocional e espiritual sendo que nesta última é uma dor muito peculiar vindo das experiências e evolução de cada um. Sendo assim cada leitor vai ter uma interpretação diferente. Deixo aqui meus parabéns pela iniciativa e pelo belo trabalho meu amigo ! um forte abraço

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    1. Muito obrigado, Sandro amigo! Lamento é ter de te informar o que o número de dores que apresentaste está incorrecto :)

      Um forte abraço!

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    2. Se errar é humano então eu estou no caminho certo kkkkkkk mas o certo é que gostei da sua iniciativa ....abraços !

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  2. São 4 o número de dores a que o poeta se refere! :) Estarei certa? :)

    Parabéns pelo blogge :)

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    1. Lamento, mas vou ter que te deixar na expectativa já que ainda não se encontraram todos os vencedores :)

      Um muito obrigado pelo comentário e o elogio ;)

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    2. Não há dor alguma. Sendo o poeta um fingidor, finge a dor para construir o poema.

      Abç, Luiz!

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    3. É um bom raciocínio Daniel, tal como o do Sandro. No entanto, lamento contradizer-te. Existe mesmo dor, e mais do que uma. Dei uma pista no seguinte post: http://planopalavras.blogspot.pt/2013/10/poema-mestre-da-farsa-pista-para-o.html.

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  3. São duas as dores. Por um lado a dor real e por outra a dor fingida. Apos ter sentido a dor real, física, o poeta transforma essa dor em dor imaginada que é descrita através de imagens. O poeta acaba por intelectualizar a dor que acaba por ser a única dor a que os leitores têm acesso.
    Abraço, Ana

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    1. Meio muito bem, Ana. Da parte do poeta, realmente é esse o número de dores. Mas o leitor também apresenta um número de dores, que é igual ao do poeta como já disse na minha mensagem mais recente. Por isso Ana e restante malta que nos lê, quantas dores são no total? :)

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  4. Talvez seja a dor que o poeta finge chegando até a acreditar que ela seja real. Esta é a primeira.
    A segunda dor é aquela sentida pela leitor, devido a arrumação das palavras em versos e a terceira é a dor real que o poeta sente, mas usa os versos para entreter o coração.

    Sei que esta não é a resposta. Mas gostei do meio de promover interação com os muitos pensamentos. Agradeço a oportunidade.

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    1. De nada ;) E bom raciocínio, bastante perto. Bem, vou aqui dar a resposta depois de tantas repostas perto do alvo:

      São quatro as dores, como disse a Isabel Neto. Primeiro temos a dor real que o poeta sente. Depois, temos a dor fingida, já que para o poeta para a dor real se elevar ao plano da arte tem de ser fingida, expressa em linguagem poética.

      Da parte do leitor há uma dor real da sua parte, e também uma dor lida. Esta é uma dor intelectualizada que provém da interpretação do leitor.

      Um muito obrigado aos participantes, pelo seu interesse. :)

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