sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Publicar a todo o custo?

Penso que num nível mais consciente ou inconsciente, um escritor gostaria de ver a sua obra publicada nalguma fase da sua vida. Eu sou honesto, eu gosto de partilhar a poesia que escrevo, e sempre soube que gostaria de a ver publicada em forma de livro.

No entanto, esse desejo é controlado. Gostaria de ver o meu livro aceite e publicado por uma editora, mas não a qualquer custo. Nos últimos tempos tenho submetido uma proposta de livro para ser publicada,e tive resposta positiva de uma editora portuguesa. Fiquei muito contente com o facto de essa editora pensar que o meu livro seria bom o suficiente para figurar no seu catálogo.



Apesar disto, tive que rejeitar a proposta de edição. Proposta que no fundo resumia-se na ideia de eu pagar, e bem, para editar o livro. 500 exemplares seriam publicados a 9 euros cada, em que eu seria obrigado a comprar 150 a 7 euros e receber 10% da venda dos restantes 350 livros. Assim, na primeira edição teria um prejuízo certo de 1050 euros, e um lucro máximo potencial de 315 euros.

Tudo bem que as editoras estão neste ramo para fazerem dinheiro, e nestes tempos de crise têm que se salvaguardar. No entanto, não estamos a chegar a um extremo absurdo?! Qual a vantagem de editar um livro se vamos ter prejuízo com ele? O cumprir de um sonho e a massagem ao ego feita pela publicação de um livro em nosso nome, serão assim tão satisfatórios?

Para mim, de certo que não são. Mas para vocês, que acham? Só o facto de se publicar é assim tão apetecível para os autores, que as editores passem de não lhes pagar muito a esperarem que seja o autor a garantir os seus lucros?




Nos entretantos, publiquei por minha conta o meu ebook de poesia: Coletânea de Devaneios. Os interessados podem ver mais pormenores aqui.


Sempre vosso,
Luís.

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